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Meus trinta e poucos anos

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Esse ano fiz trinta e sete anos, mas ainda me confundo com minha idade quando alguém me pergunta. De vez em quando até chamo a minha esposa para poder ter certeza de quantos anos tenho. Seria um esquecimento fruto da idade, ou uma fuga desses números que estão ficando cada vez mais altos? Pois é, ontem até levei um susto, porque fazem mais de dezoito anos que eu tinha dezoito anos. Para poder garantir que estou em uma idade de não ser mais um jovenzinho, perguntei para minha cunhada se eu sou considerado um tiozão. Para a minha ingrata surpresa, ela disse que sim, eu já sou considerado tio para essa nova geração de jovens cheio de energia. Mas não, essa crônica não é sobre tristeza ou frustração pela idade, mas apenas para falar do que significa os últimos anos dos "inta".


Mas tudo bem, a vida é muito boa, e aqui nos meus trinta e sete anos, me sinto na melhor fase. Não preciso mais provar nada para ninguém, não tenho que fazer força para todo mundo gostar de mim. Faço o que eu quero, vou onde me sinto bem e não tenho medo de recusar convites apenas para agradar alguém. Quando olho para trás sinto falta talvez daquele olhar mais sonhador e de uma visão de que iria mudar o mundo. Mas depois vemos que isso é tolice, porque ninguém vai mudar o mundo, no máximo o nosso local de convívio. Mas sabe de uma coisa, ninguém muda ninguém, é tudo questão de escolha. Quando se percebe isso, sai um peso das costas. Quando mais novos achamos que as pessoas tem que ser assim ou assado, mas ainda não sabemos que elas são quem elas são e pronto. Amizades? Nos trinta e pouco você gosta mesmo é d quem já esta na sua vida. Da preguiça se envolver em um novo núcleo de amizade. Acontece? Claro que sim, conheço vários que partiram para novos mundos. Mas eu mesmo, quem vier ta bom, mas gosto mesmo é daquela galera das antigas. Mas calma ai, sem expectativas, pois aos trinta e poucos o tempo fica mais curto. Filhos e responsabilidades chegaram.

As vezes me pego sem saber o que quero mais. Ficar quietinho em casa assistindo o que gosto e lendo meus livros favoritos, ou se quero mesmo é fazer um mochilão e conhecer o mundo. Desconfio que não vou fazer nem um e nem outro. Mas pensar não custa nada né, então a gente pensa mesmo. Se falaram de mim, não ligo. Se reclamaram, paciência, vou tentar melhorar. Mas nada de culpa, sem acusação, porque sei que sou livre, e errar faz parte da vida. Eu não sei ao certo, mas parece que a ansiedade vai diminuindo, e como diz aquela velha canção, "Ando devagar porque já tive pressa", sigo vivão e vivendo. Num mundo tão veloz, vale mesmo correr tanto e se cansar? Acredito que viver um dia de cada vez e curtir o dia que se apresenta hoje tem sido mais leve. Claro que tem responsabilidades, que os boletos chegam e que a esposa pede isso ou aquilo. Mas ainda assim, a vida é muito boa nos meus trinta e poucos anos. Com essa cabeça e poucos números de idade, nossa, minha vida teria sido outra e minhas escolhas até melhores. Mas não tem arrependimento não, tem agora uma avaliação melhor das próximas escolhas. As manias e chatices me acompanham, como a irritação com barulho, nossa como isso me irrita. Tudo isso vai fazendo parte de mim e dos meus trinta e poucos anos. E contando!

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