O primeiro livro do italiano Giorgio Faletti é um suspense policial muito eletrizante, sendo uma ótima estreia para o autor. Como um fã de livros policiais, a trama apresentada em "Eu mato" é uma das melhores que já li, pois Giorgio consegue trazer um clima de suspense muito bom, onde chegamos ficar ansiosos por saber quem é o criminoso e torcemos para ele ser capturado. Tudo é muito bem escrito e desenvolvido ao longo de mais de 500 páginas. A história se passa em Monte Carlo, quando um terrível assassinato é cometido, com dois corpos sendo encontrados, sem a pele do rosto, e na parece apenas uma frase escrito em sangue; "Eu mato". É preciso agora descobrir quem cometeu terrível ato.
O assassino começa a ser chamado de Ninguém, e começa a usar a rádio de Monte Carlo para sempre dar uma dica sobre seu próximo crime, através de uma música. Jean Loup é o locutor da rádio, e o jovem fica muito perturbado por ter que ser o porta voz do assassino. Uma dupla é responsável por achar o criminoso, e com personalidades diferentes, os dois acabam se completando. Frank é um agente do FBI, que estava de licença após a morte de sua esposa, e se sentindo culpado é uma pessoa entediante. Por outro lado temos o agente Hulot, que é cheio de vida e entusiasmo. A forma como Giorgio encaixa as situações são excelentes, e é difícil descobrimos a identidade do assassino, e mesmo quando ele é descoberto, a trama não perde o seu ritmo frenético. Os personagens são bem desenvolvidos e somos lançados dentro da trama de uma maneira muito boa, sendo "Eu mato" um livro muito elogiado por diversos críticos literários. Ninguém acaba se tornando um Serial Killer que atrai atenção, usando sempre dicas e sua marca registrada na parede, além da forma de matar as pessoas.
Ninguém mata pessoas importantes da sociedade, como um piloto de Formula 1 e a filha de um general americano, levando seus feitos a tomarem conta dos jornais locais, enquanto Hulot e Frank buscam por pista para achar a identidade do Serial Killer. Frank em meio a história começa a se relacionar com Helena, que é irmã de uma das vitimas. Aliás, Frank é um personagem que acaba tendo que lidar com suas crises e percas do passado. A trama acaba sendo uma caçada ao estilo gato e rato, pois a cada nova pista pela rádio local, os policiais precisam tentar evitar o crime, enquanto Jean Loup se sente cada vez mais apavorado através de cada contato do assassino. Essa questão do nome do criminoso passa a mensagem de que mesmo ele sendo um Ninguém, acaba sendo um Alguém que destrói vida de pessoas, e como vemos mais a frente, é um homem cheio de crises e confusões. Gosto da frase de Frank, quando ele diz que "todos os enigmas são simples, depois que você fica sabendo a resposta". Mesmo após a descoberta do assassino, os crime continuam, gerando assim ainda mais suspense dentro do livro. "Eu mato" é uma ótima ficção, que prende o leitor até as últimas páginas da obra.
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