No ano de 1996 o Pearl Jam lançou seu quarto álbum, chamado "No Code". O movimento grunge já havia perdido a força que havia ganho através do Nirvana, e a banda liderada por Eddie Vedder precisava seguir em frente e procurar novos caminhos e estilo no seu som, apesar deles não serem dependentes da banda liderada por Kurt Cobain. O disco já atrai pelo seu formato inovador em sua capa, formada por 144 polaroides tiradas pela banda, divididas em quatro sessões. Podemos dizer que esse álbum é uma libertação emocional e musical do grunge, com o Pearl Jam não focando apenas nas guitarras estridentes, mas acrescentando um novo estilo em seu som.
As letras do Pearl Jam nesse novo trabalho trazia mais reflexões e sentimentalismo, após a banda vir de uma turnê que sugou muito da banda. Todos concordam que "No Code" não foi fácil e não era apenas sobre música, pois trazia muitos significados consigo. A primeira canção é "Sometimes", que é bem levem diferente de todo aquele rock grunge que estávamos acostumados. Vedder mostra se talento como vocalista, cantando em uma letra cheia de metáforas. "Hail hail" é a minha favorita, com o velho Pearl Jam que conhecemos, com a letra falando a respeito de um relacionamento a dois e suas dificuldades. O single do disco foi "Who are you", que fala sobre identidade e sobre quem somos. A canção "In my tree" aposta nas guitarras e na voz estridentes de Eddie Vedder, contando a respeito de se ter uma casa na arvore. "Smile" é uma clara inspiração nas músicas do Neil Young, começando até com uma gaita no inicio, e ótimos riffs de guitarra.
Gosto também da canção "Off he goes", que volta a ser uma produção intimista, sendo apenas voz e violão, falando sobre a vida de um homem. Para quem estava com saudades do grunge, a música "Habit" mostra que a banda ainda sabe fazer esse tipo de som, com a letra tratando a cerca de hábitos diferente das pessoas. Seguindo a mesma linha, temos "Lukin", que conta com Vedder gritando bastante. Muitas bandas mudam o seu estilo de som conforme os anos vão passando, e aqui temos o chamado álbum de transição, sendo uma nova página na carreira do Pearl Jam. Em "Present tense" temos exatamente isso, um Eddie Vedder mais reflexivo, com uma letra falando sobre a finitude da vida e as dificuldades que o dia a dia nos apresenta. A canção "Mankind" é cantada pelo guitarrista Stone Gossard. O disco encaminha o término com "I'm open", cheia de experimentações instrumentais e com "Around the bend", numa clara homenagem de Vedder ao filho. Após "No Code", o Pearl Jam mudou, sendo uma banda mais sólida e independente de qualquer tipo de movimento de rock.
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