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Sniper americano, o patriotismo e os traumas de guerra

terça-feira, 27 de setembro de 2022

O filme dirigido por Clint Eastwood traz em cena uma história real, contando sobre o atirador de elite Chris Kyle, uma lenda do exército americano, que matou 160 pessoas no Iraque, apesar de ser dito que ele acertou o alvo 255 vezes. Cheio de patriotismo, a trama procura mostrar como foi a invasão americana no Oriente médio, e como que essa guerra bagunçou a cabeça de muitos soldados. Neste caso, precisamos falar um pouco sobre traumas, ou seja, uma situação de choque, que leva pessoas a terem dificuldades de viverem uma vida normal, sendo atacadas por sentimentos de medo, confusão e ansiedade. Apesar de ser muito bom uma arma na mão, vemos que Kyle não conseguiu lidar com os eventos vividos no Iraque.


O filme é baseado no livro que foi escrito sobre Kyle, mostrando como ele lidou com os acontecimentos da guerra. Já no inicio, sentimos a tensão e pressão de estar em território estrangeiro, longe da família e sempre com os nervos a flor da pele. Clint Eastwood é um patriota, nunca escondeu isso, e buscou em seu filmes sempre mostrar o lado viril do homem, e a sua força pela luta pelo conservadorismo. Com isso, muitas discussões foram levantadas, pois alguns não consideram snipers heróis, mas covardes, como na opinião de outro diretor polemico, o Michael Moore. Bradley Cooper é o ator principal da obra, e consegue atuar muito bem, principalmente nas cenas de crise do personagem. Os americanos nunca irão se ver como vilões dessa guerra, e "Sniper americano" esta aqui para mostrar que os soldados da américa foram homens valentes, que deixaram tudo para trás para cumprir uma missão. Uma guerra nunca é boa e seus participantes nunca retornam iguais para casa, e é exatamente esse ponto que o roteiro busca mostrar.

Quando Kyle volta para casa, as consequências dos dias no Iraque começam a aparecer. Em uma cena o vemos andando pela rua tranquilamente, mas de repente os sons de buzina e de carros começam a levá-lo para um senso de perigo, achando que esta em meio a um tiroteio. Até mesmo uma ida ao Shopping se torna um ato difícil de se cumprir. As noite do soldado também são difíceis, pois acorda a noite tendo pesadelos com cenas de guerra. Pois é, o roteiro busca dramatizar Kyle, mostrando que que apesar de bom atirador, sofreu muito mentalmente. Traumas precisam ser cuidados e resolvidos, mas isso não ocorre de um dia para o outro, além de ser um processo que deve ser lidado em parceria, recomendável que por um psicólogo. Infelizmente o final da vida de Kyle foi trágico, sendo vitima de um outro soldado americano, também vitima de trauma e horrores de guerra. Nunca saberemos se a invasão americana ao Iraque foi algo positivo ou negativo, tanto para os Estados Unidos como também para o país iraquiano. Kyle até hoje é conhecido como uma lenda, um herói na cidade. Uma das cenas mais emocionantes é a carreata com seu corpo, com toda cidade parando para prestar homenagens por todo caminho. Sniper americano não é um filme de guerra, mas da consequência dela na mente das pessoas.

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