Ler revistas era algo muito comum antes da internet ser o grande centro de informações do mundo. Tinha revistas dos mais variados assuntos, como por exemplo a Bizz sobre música, a Caras sobre famosos, as reportagens mais séries eram colocadas na Veja e as fofocas na Contigo. Pois bem, em 1994 o mundo do entretenimento ganhou a sua representante, focando em falar sobre a cultura pop e o mundo Nerd. Nascia assim a revista Herói, que se tornou um marco para uma geração. A primeira edição trouxe em sua capa Seiya, falando sobre Cavaleiros do Zodíaco, a febre daqueles anos dourados dos animes em nosso país. Vamos neste texto falar um pouco sobre essa revista sensacional.
Me tornei viciado em ler as revistas publicadas pela editora Conrad, ainda mais por falar do anime mais famoso daquele ano, os cavaleiros do zodíaco. As primeiras capas traziam sempre os protagonistas dos animes na capa, mas aos poucos eles começaram a abranger os mais diversos assuntos do universo nerd. Foi através das reportagens deles que aprendi sobre muitos animes e mangás, além de saber o que ia acontecer nos episódios que ainda nem haviam sido lançados. Sim, naquela época ninguém ligava para spoilers. Outro fato interessante eram as pessoas que escreviam para a revista, que trazia humanidade a proximidade com os leitores em seus textos. Nomes ficaram marcados na minha memória, como os de Alexandre Nagado, Pablo Miyazawa e sem dúvida, Marcelo Del Greco, o principal escritor da revista. Me lembro de uma edição mais marcante da Herói, falando sobre os super sentais japoneses e suas produções ao longo dos anos. A Herói acabou se tornando um sucesso estrondoso no Brasil, batendo recorde de vendas e vendo surgir outra revistas com o mesmo tema, como Heróis do futuro e Henshin.
A segunda fase da revista trouxe um novo momento, surgindo assim um novo nome, chamado Herói Gold. Essa fase trouxe os mais diversos temas, passeando pelo mundo do cinema, quadrinhos, séries e produções japonesas. Em certo momento até o tamanho da revista mudou, ganhando um formato maior. Quando parecia o fim da produção, surgiu uma outra fase, se tornando Herói 2000, sendo uma nova revista em uma nova fase de tempo, que trazia em sua capa Pokemon. A cada mês eu aguardava ansiosamente o novo lançamento, até que de repente não houve uma nova edição. Uma tentativa de colocar as informações em um site na internet acabou não alcançando sucesso e foi o fim da Herói. Os editores dizem que não era possível competir com a internet, com o alto e rápido volume de informações. Guardo com muito carinho a Herói em meu coração, já que a revista foi uma fonte de informação da cultura nerd e pop durante minha adolescência e juventude. Se algo estava na Herói, podia-se confiar, e estava na capa, era um sucesso. Uma pena que a Herói não exista mais, só que por outro lado é bom lembrar de um produto que foi um marco da minha geração. Ah, talvez esse blog sirva para preencher um pouco o buraco que a revista deixou nos fãs da cultura pop.
Nenhum comentário:
Postar um comentário