Uma pessoa no auge da sua carreira, ganhando muito bem e competindo com os melhores largaria tudo pelo prazer de estar onde se sente bem? A reposta é complexa, já que poucas pessoas deixaria todo status e posição apenas para estar do lado de quem gosta. No mundo do futebol isso aconteceu em 1995, quando Romário, o melhor jogador do mundo, resolveu voltar para o Brasil, para jogar no Flamengo. Na época o baixinho havia acabado de ser campeão da Copa do mundo e venceu o prêmio de melhor jogador da Copa e do mundo em 1994. O futuro seria promissor, o atacante poderia vir a ser maior do que foi, mas ele decidiu voltar para o calor do Rio de janeiro e ser feliz.
Quando a Copa terminou, o baixinho acabou ganhando mais dias de férias, o que acabou revoltando muitos jogadores, enciumados pelo tratamento recebido pelo baixinho. Assim que ele chegou no Barcelona bateu de frente com os companheiros e disse que iria sair do clube. A notícia foi uma bomba no mundo do futebol, pois quem largaria o topo do esporte para jogar no Brasil? Romário disse que já estava cansado, pois eram muitos anos na Europa, estava com vinte e nove anos na época. O craque já havia conquistado o seu objetivo de ganhar a Copa e decidiu assim voltar para o lugar onde se sentia bem, no sol e praia do Rio de janeiro. Sendo assim, em 1995 o baixinho estava voltando ao Brasil, sendo recebido por uma multidão de flamenguistas, tendo até mesmo uma carreata pela cidade para todos se alegrarem juntos. As expectativas eram altíssimas, já que o melhor jogador do mundo iria se apresentar pelos campos brasileiros, mas infelizmente a passagem de Romário foi cheia de altos e baixos.
O baixinho teve ótimas atuações pelo clube rubro negro, fez gols marcantes e se manteve jogando pela seleção brasileira, mas os títulos foram muito poucos. Jogando pelo Flamengo, ele venceu apenas dois títulos cariocas e uma Copa Mercosul, o que acabou sendo pouco para quem chegou cheio de expectativas para fazer história no clube. Ainda houve a tentativa frustrada do ataque dos sonhos com Sávio e Edmundo. O camisa onze chegou ainda a voltar para Espanha ao jogar pelo Valência, mas o que aconteceu naquele ano de 95 nunca mais foi visto na história do futebol. Nunca mais um melhor jogador do mundo voltou ao seu país de origem para satisfazer o seu desejo de ser feliz. Anos mais tarde em diversas entrevistas, Romário sempre cita que dinheiro não foi problema, pois mesmo ganhando menos decidiu voltar. Ele queria estar perto de sua família e amigos. Queria estar no clima do Rio de janeiro e no seu país natal. Sim, houve um dia em que um craque decidiu voltar para casa, o que foi mais marcante do que se hoje Neymar decidisse voltar para o Brasil.
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