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Ayrton Senna, memórias e legado

quinta-feira, 2 de maio de 2024

As vezes os mais novos gostam de brincar, ao dizerem que somos velhos e ultrapassados, que eles que estão atualizados. Mas então, logo me lembro de tantas coisas que vi e momentos da história que pude ver com os meus olhos. EW claro, os fatos esportivos estão entre eles. Sendo assim, logo digo "Você viu Ayrton Senna correr?". Sinto um baita orgulho disso, de poder ter visto o lendário tri campeão da Fórmula 1 pilotar na maior competição de automobilismo do mundo. Como nasci em 1987, não me lembro de ver Senna conquistar seus campeonatos, mas mesmo sem ninguém me dizer, já era possível ver a grandeza que ele tinha consigo. Esse texto vem a ser uma homenagem, já que faz trinta anos de sua morte, onde quero recordar de lembranças e também falar do seu legado.


Me lembrar de Ayrton Senna me leva de volta para a minha infância, me levando a grandes momentos com pessoas especiais na minha vida. O piloto era a esperança de alegria dos brasileiros, que tanto lutavam em meio a um crise financeira que nossa nação passava. Os domingos de manhã eram os dias onde o povo ficava em frente da televisão, na expectativa de vermos o tema da vitória sendo tocada aos ritos da narração do Galvão Bueno. Tenho a recordação de ir na casa do meus avós e ver o meu vô assistindo a corrida, em uma temporada onde os carros da Willians eram bem melhores e Ayrton tinha que lutar muito para conseguir ir ao pódio. Como não me lembrar de Senna perseguindo Prost e Hill no circuito de Mônaco, torcendo muito para ele conseguir a ultrapassagem. E quando chovia? A primeira coisa que vinha na mente era que Senna iria vencer. Se choveu, a vitória seria dele, já que o piloto não tinha medo e se destaca quando a pista estava molhada. Outro grande momento foi quando Senna venceu em Interlagos em 1993. Estava assistindo com meu padrasto e minha mãe, e foi emocionante ver os torcedores invadindo Interlagos para comemorar com Ayrton.

O ano de 1994 se mostrava muito promissor para Senna, que depois de ficar alguns anos sem ser campeão por conta dos fortes carros da Willians, finalmente ele iria pilotar o melhor carro da Fórmula 1. O problema? É que no ano em que ele assumiu o comando do melhor carro, ele veio a não ser mais o carro mais forte da categoria. As coisas começaram a não funcionar, e o brasileiro não conseguiu pontuar em nenhuma corrida, abandonando no Pacifico e no Brasil. Essa corrida em Interlagos acabou sendo frustrante, com Senna rodando na pista e abandonando mais uma vez. Então chegou a terceira etapa, dessa vez em San Marino. Ayrton conseguiu a pole position e largaria na primeira posição. Após a largada, alguma voltas depois, uma batida forte e o fim da vida do melhor piloto do Brasil aconteceu. Me lembro de estar brincando no quintal, quando meu padrasto me chamou me dizendo que Senna havia batido. Foi triste ver o helicóptero subindo e acabou nos restando um fio de esperança de que ele estaria vivo. Horas mais tarde veio a noticia, Ayrton Senna havia falecido. Foi um dia muito triste aquele domingo, e acredito que foi a primeira vez que senti tristeza por alguém que não conheci. Os dias seguintes foram de tristeza no Brasil, pois nunca vi um clima tão pesado no país como naquela semana. De fato a morte de Senna foi sentida por todos. O piloto deixou um legado de perseverança e determinação, sempre com uma sede imensa de vencer. Ayrton morreu como um herói e ficou apenas o pensamento do que poderia ter sido. Enfim, os domingos nunca mais foram os mesmos e a Fórmula 1 perdeu a graça, para mim e para a maioria dos brasileiros. Ficam as lembranças, deixa-se um legado.

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