Produzido pela A24, um dos filmes mais esperados era esse protagonizado por Dev Patel, que cresce a cada ano, se tornando um dos melhores atores de sua geração. A trama é baseada em um poema antigo dos tempos Arthurianos, dando foco ao sobrinho do Rei Arthur, que tem um chamado para uma aventura. O sobrinho se chama Gauvain, que vive uma vida sem conquistas ou feitos grandiosos, vivendo apenas a vida comum na nobreza do tio. Mas surge um dia em que aparece no Palácio o Cavaleiro verde, que faz um desafio aos integrantes da Tavola redonda. Quem fizesse algo com ele, após um ano ele devolveria o golpe. Gauvain, ingênuo, corta a cabeça do Cavaleiro, que voltando a vida irá esperar a sua vez de atacar.
O roteiro do filme nos traz o tema relacionado a grandeza, mostrando que o que faz um homem ser conhecido e grande são os seus feitos. O Rei Arthur perguntava ao sobrinho o que tinha para contar, mas ele nunca tinha nada a dizer. Quando surgiu o Cavaleiro verde ele aproveitou a chance de ser grandioso, mas não sabia que o fim poderia ser a sua morte. Surge assim um outro conflito em Gauvain, ele deve ir ao encontro do Cavaleiro verde e encontrar a sua morte? É possível escapar do seu destino? Gauvain que ainda não é um cavaleiro decide aceitar o chamado para aventura, mas logo percebemos que falta muita experiência a ele, e vemos que existe muito medo e alucinações em sua mente, mostrando que talvez ele não estivesse preparado para essa missão. Cheio de simbologia, a trama nos apresenta gigantes, uma raposa que fala e uma mulher sem a sua cabeça.
A fotografia do filme é muito bonita e somos levados a um ambiente de magia e mistérios, mostrando que durante a jornada de nossa vida não sabemos o que podemos encontrar. O interessante é que tudo isso parece ter influencia de Morgana, que querendo que o filho tivesse sua grande aventura, trouxe o Cavaleiro verde para desafiar a todos. Não espere muita atenção ao Rei Arthur, pois apesar dele estar dentro do contexto, não é o protagonista do filme. A lenda do cavaleiro verde termina com um final em aberto, deixando a dúvida para nós que assistimos. Ele cumpriu a sua missão? Encontrou a morte certa ou recebeu misericórdia? Vemos que em uma visão a sua covardia lhe renderia uma vida triste e frustrante, mesmo sendo Rei, mas valeria a pena? Gauvain percebe que não, e o melhor é aceitar o seu destino. A mensagem do filme é que todo homem possuí um chamado e um desejo pela grandeza, querendo marcar o tempo que vive. Por outro lado, temos que aceitar o destino proposto a nós.
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