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Matrix Resurrections

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Vinte e dois anos depois do lançamento do primeiro filme, voltamos para a Matrix, para vermos como seguiu a vida dos personagens após Matrix Revolutions em 2003. Muitos questionaram se de fato era necessário um novo filme, e adianto que não era preciso. Pelo menos não da forma que o roteiro do quarto filme nos foi apresentado. Como um grande fã deste universo, sempre quis que houvesse uma nova trilogia Matrix, só que esperava algo filosófico, com grandes questionamentos, além de grandes cenas de luta, ainda mais com a tecnologia que temos atualmente. Pois bem, precisamos falar de Matrix Resurrections e entender o que deu certo e o que deu errado na nova trama.


Quando sai do cinema não sabia dizer se havia gostado de Resurrections. Precisava de um tempo para refletir, de ouvir o que outras pessoas pensaram sobre a produção. A principio gostei muito da primeira etapa da trama, onde vemos Neo vivendo dentro da Matrix, após ter sido reconstruído pelas máquinas. Acontece que o protagonista vive a base das pílulas azuis, preso e já acostumado dentro da Matrix. Para piorar, ele é um criador de um jogo, do qual o tema é tudo aquilo que aconteceu na primeira trilogia. Aqui temos um espaço para as criticas da diretora Lana Wachowski, que não queria um novo filme, e assim usa o roteiro para criticar as sequencias de filmes antigos. Esta clara a mensagem, não é possível recriar o sucesso do primeiro filme, não precisamos discutir eternamente o contexto filosófico. Segundo a diretora, é tudo por grana, e ela foi obrigada a fazer o filme. Esse primeiro ato é um metafilme, onde Resurrections é usado para falar de toda trilogia, inclusive usando imagens da trilogia original. Gostei das questões levantadas e do fato de as vezes gostarmos de estar presos em algo.

Temos algumas adições, como um Morpheus mais novo, interpretado muito bem por Yahya Abdul. Quando Neo é despertado vemos as consequências de seus atos anteriores, onde um novo mundo foi criado, misturando máquinas e humanos em IO. Mas fica uma pergunta, por qual motivo Neo precisava ser despertado? Não existia um conflito, uma grande causa para que isso ocorresse. Mas tudo bem, agora temos Neo querendo outra missão sem sentido, o de resgatar Trinity de dentro da Matrix. O roteiro nos diz que os dois eram os responsáveis por manter o elo da nova Matrix, mas sabemos que o que importa mesmo é o resgate do grande amor de Neo. Resurrections vai da parte filosófica para uma história de amor. Como antagonistas temos o Analista, que é o novo dono da programação, e o retorno do Agente Smith, desta vez interpretado por outro ator. A partir de então vamos para um ato de cenas de ação, que infelizmente são fracas, já que esperava bem mais com a tecnologia atual. Mas até nisso a diretora faz sua critica, além de não deixar de tentar lacrar de forma sútil falando sobre liberdades. Revisitar o universo foi muito bom, mas a forma que tudo nos foi apresentado nos deixou com uma sensação de desperdício de potencial. Dava para ter sido feito algo mais épico, mais profundo e melhor. Resurrections é um filme regular, mas fica longe daquilo que de fato é e significa Matrix.

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