Em um ano de filmes bíblico vemos
em Êxodo um filme que tenta ser épico, mas em alguns momentos ele falha por
faltar emoção e um pouco mais de paixão colocada pelo diretor Ridley Scott. É difícil
de explicar com palavras, mas parece que ficou faltando alguma coisa no filme.
A trama é baseada no livro bíblico de Êxodo, que conta a trajetória de Moisés
que de príncipe do Egito se transforma em libertador do povo de Israel. A
abertura do filme é ótima, com uma intensa cena de batalha, nos lembrando os
filmes medievais. A fotografia é muito bonita, algo que o diretor sempre fez
bem em seus filmes, mostrando um Egito muito bonito, ainda mais quando a câmera
nos traz uma imagem por cima do país. Os efeitos especiais também estão muito
bem mostrados, levando os momentos das pragas do Egito serem o ponto alto do
filme.
O filme não segue totalmente o que
esta escrito na Bíblia, mas isso não faz com que a trama seja abalada ou mudada
no seu objetivo final, sendo muito melhor do que o filme Noé. Em muitos
momentos temos a nossa fé fortalecida, principalmente na cena do mar vermelho,
uma das cenas mais esperadas. Deus é representado por um garoto o que pode
levantar algumas criticas, mas para mim não foi algo agressivo. Inclusive achei
legal mostrar Ele presente no meio do povo, mostrando que Deus esta sempre com
os seus escolhidos. As interpretações dos atores principais também estão muito
boas, onde temos Cristian Bale bastante convincente e com uma atuação forte
como Moisés. Joel Edgerton como Ramsés também não fica para trás, mostrando um
faraó apavorado em meio ao caos, mas muito orgulhoso. O filme é longo, e com
isso com altos e baixos, as vezes muito lento. Por fim, achei interessante o realismo
trazido, mostrando a reação de Moises em quanto via as pragas atacando o povo
do Egito.
Nota: 4
OBS: As notas são computadas de 0 a 5.