Eu precisava contar para ela. Eu sei, não é uma noticia fácil,
mas se eu não falar tenho certeza que vão enganar a coitada. Olha la, todos
passam reto. Fingem que tudo esta normal, mas não esta! Bem, chegou a hora da
verdade.
- Dona Rosa – falei, muito envergonhado
-Oi Mateus, alguma novidade?
- Algumas. Percebeu como o dia esta frio hoje?
- Realmente, tenho até me sentido gelada.
- Pois é. Recebeu muitas flores hoje?
-Sim. Inclusive achei estranho, pois não é meu aniversário.
-Visitas?
- Muitas Mateus. Um pouco estranho tudo isso. O pessoal aqui
de casa até chorou.
- Acho que a senhora deve ir embora.
- Não sei por que mas sinto isso também
- Pois é, chega um momento que é hora de partir. Sabe?
Tipo... ir embora, subir a escada, pegar o elevador
- Concordo meu jovem. Eu até lhe convidaria para esta
viagem, mas só cabe uma pessoa no elevador.
Um silêncio entre nós...esta estranho, a conversa é
estranha, mas como eu disse: alguém tinha que falar.
- Dona Rosa?
- Sim Mateus
- Boa viagem!
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