Paulo estava refletindo sobre os terríveis
acontecimentos dos últimos dias. Era quarta feira e ele não estava acreditando
nas más noticias que tinha recebido. Poxa vida, duas mortes assim tão de
repente, tão inesperada. Não aguentando mais pensar no assunto resolveu ir até
a praia. O dia tinha amanhecido prometendo calor, mas como noticias inesperadas,
o tempo acabou virando e sinais de uma futura chuva começavam a aparecer no
céu. O dia terminaria cinzento, pensou Paulo.
Ali na praia sentado na areia e
olhando para o mar pensava nas coisas da vida, em como tudo era passageiro, em
como de uma hora para outra tudo poderia mudar. Sem perceber acabou sentindo um
toque no ombro e quando olhou do lado viu que seu amigo Pedro estava ali se
sentando.
- Dias estranhos né Paulo?
- Nem me fale. Eu estava aqui
pensando em como as coisas acontecem de repente.
- É, basta um segundo para mudar
tudo.
- Não consigo aceitar cara. Como
que em um momento estamos saudáveis e pensando na vida com diversos planos...e
então, ploft! Tudo acaba.
- Ah Paulo, também não entendo, mas
estamos aqui para viver e da melhor forma possível.
- Meio auto ajuda você né Paulo.
Esses livro do Augusto Cury estão revirando a sua mente.
O céu começava a ficar
nublado. Paulo pegou um pouco de areia
nas mãos e a viu escorrer pelos dedos. Talvez assim fosse também a nossa vida,
pensava ele. Rapidamente ela escorregava
pela mão do tempo e partíamos dessa para a melhor. Paulo recomeçou a conversa.
- Cara, olha que coisa maluca.
Dias atrás o cara que mais fazia as pessoas sorrirem se matou. Hoje um cara
cheio de planos sofre um acidente. Injusto não acha?
- Por que injusto? Não temos o
controle de tudo cara, não podemos ser juízes e definir o que é justo ou
injusto. A vida é uma viagem cara, e tenho certeza de que não somos o piloto
dela.
- Ah, estou indignado. E Deus
cara? Onde Deus esta no meio disso tudo Pedro?
- Deus não tem culpa que o cara
se matou. Aliás nem sei se o próprio cara tinha culpa.
- Você acha que ele foi covarde
ao se matar? La vai você julgar o cara.
- Não brother. Só acho que a vida
bateu forte nele e ele não soube se defender
- E sobre o acidente de hoje?
Deus poderia ter segurado o avião.
- A vida é como um livro Paulo.
Ela tem começo, meio e fim. E nós temos que viver cada momento com muita
energia e alegria. O tempo passa, vamos viver o hoje.
Os dois então se levantaram da
areia. Realmente não era um bom dia. Começava a pingar, carros de policia e
bombeiros passavam a todo momento pelas ruas de Santos. Paulo ainda estava com
diversos pensamentos sobre os últimos acontecimentos. Procurava respostas
quando não era momento de recebê-las.
- Pedro, e quanto a nós? Tipo eu
e você? O que nos garante um amanhã?
Pedro ficou quieto por alguns
instantes, procurando uma resposta e então...
- Deus!
- Você escapou bem, mas não me
convenceu muito.
- Não é pra te convencer, é só
para você acreditar. Lembra? Começo, meio e fim.
- E?
- Ele é o escritor, quando Ele
entender que é hora do fim da historia, então é o fim.
- E até la?
- Até la a gente vive e aprende
com as historias dos outros.
Muito legal ....Deus que sabe quando tudo se acaba
ResponderExcluirShow...
ResponderExcluirShow!!!
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