Depois de uma longa espera finalmente foi lançado o novo Álbum do The Strokes, que possui o nome The New Abnormal, talvez uma referencia ao novo estilo de música que a Banda decidiu seguir. Quando eles surgiram foi um estouro, onde foram taxados como os salvadores do Rock. Aquele primeiro Álbum foi um sucesso e de fato era muito bom, com uma veia agressiva e guitarras berrando, fazendo com que os fãs de Nirvana e velho Grunge ganhassem um novo respiro. Depois disso veio mais uma produção boa e em seguida os Strokes começaram a cair em qualidade, chegando a gravar um álbum muito diferente do que estávamos acostumados em 2013. A recepção não foi boa e a Banda entrou em hiato. Mas agora após sete anos eles voltaram com uma nova produção, com um resultado muito bom.
Mas afinal, qual o resultado depois de tantos anos de espera? The New abnormal é bom mesmo? Olha, se você esta esperando aquele velho Strokes do inicio da última década esqueça, pois aquela Banda não existe mais, apenas ao vivo nos shows. A Banda evoluiu, experimentou coisas novas, saiu do que seria fácil para buscar fazer o tipo de música que agrada a eles mesmos. Mas vou te falar, o novo Álbum é bom, trazendo uma nova realidade para os fãs, consolidando o percurso que eles estavam percorrendo. Nem precisa falar que Julian Casablancas arrebenta com sua voz forte, e percebemos que ele segue crescendo como vocalista, ainda mais em músicas onde os sons sintéticos valorizam a sua voz. Alias, os sintetizadores parecem ter firmado espaço no som deles, nos remetendo aos anos oitenta. Sim, The New abnormal é uma viagem, nada pesado, mas dançante em alguns momentos e com a velha guitarra de Albert Hammond presente em outros. E cara, que saudade de ver essa guitarra gritando, nos trazendo lembranças do primeiro Álbum. Sim, sou nostálgico.
Gosto muito das quatro primeiras canções do Álbum, com uma sequencia muito boa, que finaliza com "Bad Decisions", a música mais parecida com as canções antigas. "The adults are talkings" abre muito bem esse novo trabalho, com todos os integrantes bem conectados em seus instrumentos. A música "Eternal Summer" me lembra muito o estilo da dupla Daft Punk, abusando dos sintetizadores e vocais montados neste estilo de som. O Álbum perde um pouco da sua força no final, mas o saldo é muito positivo. Claro, não é uma produção explosiva como "Is This It", mas também não é algo incompreendido como "Angles". Com este novo Álbum os Strokes ganham folego para trilhar um novo caminho, que já parece bem estabelecido, mostrando o percurso que eles querem andar. Deixaram a agitação por um som mais montado, com novos efeitos. As guitarras continuam la, mas não é o principal, ganhando a companhia dos sintetizadores. The Strokes se consolida como uma banda forte dessa geração, não devendo nada aos críticos.
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