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Nos tempos da empresa Formale

domingo, 2 de março de 2025

Eu entrei no mercado de trabalho muito cedo, sempre buscando trabalhar, para ajudar em casa mas também para ter um dinheiro. Acabei passando por diversas empresas ao longo da minha vida, sempre focado na área de produção e metalúrgica. Sim, estudar é importante e faz uma baita falta. Sempre disse que estudar não garante emprego, mas abre oportunidades. Comecei trabalhando na Basf, mas por pouco tempo, apenas três meses. Em seguida dois anos na Oswaldo Stavarengo, o local que o dia do pagamento sempre atrasava. Tive um ano de General Motors, achando-me o máximo por estar lá, mas por conta de uma crise mundial, acabei sendo demitido. Após um ano difícil e sofrível na Extretec, o meu amigo Henrique me arrumou emprego na melhor empresa que já trabalhei, a Formale.


Ainda me lembro o meu primeiro dia na empresa, quando fui recebido na sala pelo Bigode, que acabou me levando até o setor de Aros, que seria onde iria passar meus próximos anos ali envolvido. Entrei na Formale em 2010, e assim que entrei disse para mim mesmo que ali seria a última metalúrgica que iria trabalhar. O motivo era que estava fazendo faculdade de Publicidade, e acreditava que ao fim do curso estaria trabalhando na minha área. Enfim, passei na Formale de 2010 até o meio de 2014, passando por momentos muito divertidos. Nunca ri tanto como naquele ambiente, nunca mais me senti tão feliz com uma turma de pessoas como na Formale. As coisas rolavam como música e muitas coisas aconteciam na minha ao mesmo tempo que trabalhava na empresa. Sendo cristão, tive oportunidade de  falar sobre Jesus, assim como também levar pessoas a participar do Encontro com Deus. Houveram dias ruins? Sim. Problemas de relacionamento? Vários. Mas nada disso tirava a alegria de estar ali. Tínhamos um time muito bom, que o encarregado chamava de Barcelona, o time dos sonhos.

Quantas conversas engraçadas, Nossa, dava muita risada nesse lugar. A pessoa que mais tive amizade foi o Fábio, tanto por conta de gostarmos de futebol, como outros tantos assuntos em comum. Nós ainda trabalhávamos na mesma máquina, a famosa Kalanga, a máquina que fazia Aros, mas era bem complicada de mexer. O que dizer dos outros caras? Um mais doido que o outro. Tinha o Amarelo, que certa vez fingi que ele tinha me atropelado com a Empilhadeira. Ele ficou assustado, mas estava só pregando uma peça nele. Tinha o Salsicha, um cara doido e engraçado, que sempre pedia aumento para o chefe, mas não vinha. O Mael era um cara boa praça, que se achava o pegador, mas apenas era um falante. Chamava-nos de vagabundo o Pezão, que bebia muito e trabalha na solda, assim como também o Pontes, que vivia em uma máquina sentado, mas que dormia enquanto trabalhava. O que dizer do Jerry? Se achava jogador de futebol, e era muito engraçado. Outro personagem era o Negueba, que foi um dos primeiros a sair do time. Houve um tempo em que jogávamos futebol pela empresa, o que fazia tudo ser bem divertido. Tempos depois entrou o Allan, que era gente boa. Sempre falei que dava para escrever um livro dos anos que passei ali. Lembro-me da guerra de pano de graxa com o Fabio, de mexer no celular vendo noticias, das conversas sobre corrida com o mal humorado Aguinaldo. Tínhamos o encarregado Rodrigo e o supervisor Marcio, que viviam sentado na salinha apenas deixando a vida passar. Na Formale eu dei muita risada e até hoje me lembro daqueles tempos. Fui demitido perto da Copa de 2014, e em seguida entrei em outra área de trabalho. Mas nunca mais vivi o que vivi na Formale. E olha, parando para pensar, já faz mais de dez anos que sai de lá.

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